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Mas para que raio quero eu um blog?

Um blog sem pernas para andar, com uma dona sem vontade de escrever.

Um blog sem pernas para andar, com uma dona sem vontade de escrever.

Mas para que raio quero eu um blog?

19
Ago24

Já fui e já vim.

Carla

É verdade. Fui num pé e vim noutro. Isto quando há um feriado perto do fim-de-semana o melhor mesmo é, fazer ponte. É que umas mini férias são sempre bem vindas. Com isto na ideia, foi pegar no carro, meter lá dentro umas roupitas, o farnel para a viagem e meter-me a caminho. E 7h depois "aterrei" numa pequena localidade nos Alpes, a paredes meias com a Áustria, com lagos de tirar o fôlego, cascatas lá pelo meio daquele maciço de rochedos gigante de ficar de boca aberta e castelos e paisagem de sonho.

Foram 4 dias de muitos kilometros nas pernas, muita chuva nas trombas, que isto de andar lá no alto das montanhas, tanto brilha o sol, como a seguir chove torrencialmente e cerveja, que os alemães não são meigos e um fino para eles é uma caneca de meio litro. 

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Digam-me cá, com uma visão destas quem é que pode pensar em descansar? 

Um dia hei-de fazer férias para descansar, dias e dias de papo pró ar, mas enquanto as pernas o permitirem eu quero é aproveitar.

 

29
Abr24

Se é para ser Holanda ...

Carla

Pode bem ser : Sábado de manhã em Zaanse Schans entre :

                          Moinhos...

Fazem parte da paisagem desde o século XI, usados para diversos fins, como moer milho, serrar madeira, extrair óleo... Mas, a sua principal função desde os primórdios, foi retirar o excesso de àgua das regiões pantanosas, para torná-las habitáveis e produtivas.

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Zaanse Schans e as suas casinhas, pontes, canais, ovelhas e moinhos, para nos mostrar como era a vida no passado , um museu recriado a céu aberto. Aqui tudo funciona como antigamente, a farmácia, a padaria, a destilaria, a fábrica de chocolates, a fábrica de queijo, dos tamancos e os moinhos.

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Queijo ...

Queijaria Henri Willig onde a 50 anos é produzido o queijo Gouda. 

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Tamancos...

Uma visita à oficina onde de forma artesanal, são fabricados os famosos tamancos holandeses.

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E por falar em tamancos, entre tantos expostos no museu, estes são originais!

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Almoçar em Zaandam e visitar a cidade cujas casas parecem uma construção de legos.

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E à tarde rumar até Haarlem.

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Os holandeses sairam à rua para comemorar o aniversário do rei, Guilherme Alexandre, e eu juntei-me a eles. Fica a visita para um dia mais tranquilo.

Vida longa ao Rei! Que dê a este pessoal muitos mais feriados para comemorar!

22
Abr24

A cidade dos portões dourados.

Carla

Nancy

Não lhe dediquei o tempo que lhe devia ter dedicado, a cidade merecia muito mais, um fim-de-semana completo e não somente meia dúzia de horas. Merecia que me tivesse perdido com tempo pelas ruas, que tivesse explorado minuciosamente os jardins magníficos e não que os tivesse visto só de passagem. Merecia uma degustação mais demorada da beleza da cidade.

Limitei-me ao percurso assinalado pelas setas douradas, o histórico, mas sem adentar muito na história. Nancy é uma cidade com ar refinado e aristocrático. A praça Stanislas exemplifica bem a elegância da cidade com os seus  palácios, candeeiros e fontes. 

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Portões monumentais em ferro forjado estilo rococó e dourados em folha de ouro, dão acesso a esta praça 

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Place de la Carrière

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A porta de la Craffe, fortificação mediaval do séc 14

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Basílica Saint- Epvre 

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Mas outras praças magníficas, igrejas requintadas e impressionantes arcos triunfais atestam o passado majestoso da cidade.  Á qual regressarei com tempo e calma.

 

 

 

11
Mar24

Onde andas tu, mulher?

Carla

Estou aqui... mesmo em frente de vocês... sim, sou eu, regressei. Foi muito tempo? Que nada! Um fim de semana, nada mais! 

Fui respirar ar puro, andei também a olhar o céu a ver as nuvens, a espairecer os pensamentos, a ouvir as gaivotas.

Um fim-de-semana. Só 3 dias.

Só de vida ao ar livre, passeios, amigos. Só mar. Só caminhadas. Só Cascais. Só a costa do Estoril, passando por Carcavelos.

Só peixe. Só marisco. Só jesuitas. Só vinho branco. Só risos, conversa, amizade. 

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E foi tão bom. Um dia, talvez, outra vez.

 

04
Set23

Perdi-me de amor

Carla

 

Neste dia singular, nesta paisagem serrana onde a identidade da terra e das suas gentes parecia esquecida, recuperaram-se as casas, e a história foi relembrada para lhe devolver a vida.

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Hoje percebi que não é por acaso que chamam "Montanhas de Amor" à aldeia de xisto do Talasnal. 

 

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              Sempre gostei da frase               "colecione momentos e não coisas"  mas há outra frase, que nos últimos tempos tem feito imenso sentido, "envelheça com memórias e não com sonhos".   

                      Este hoje saíu da lista.

27
Ago23

Ir a sítios e vir carregada de imagens

Carla

 

 

Maastricht 

A continuação do longo fim de semana de 4 dias, que começou nos Vosges e acabou com um passeio por esta cidade. Gosto de locais com àgua, rios, mar ou lagos, sei lá, respira-se outro ar, sente-se outra energia. Gosto particularmente dos holandeses, é malta com muito boa onda,  de sorriso no rosto. Por lá sentia-se uma atmosfera calma, ainda que a cidade estivesse a fervilhar de gente.

O que eu espero de uma viagem? Logo se vê... Mas gosto de andar calada, de olhos bem abertos e de percorrer as ruas com tranquilidade. 

Para quem gosta, deixo- vos um tour fotográfico pelos principais monumentos da cidade. Se um dia passarem por lá, não deixem de visitar a Boekhandel Dominicano, uma livraria instalada numa igreja gótica do sec 13, com mais de 50.000 livros em várias línguas. E de dar uma volta pelo Stadspark, o parque verde da cidade, onde podem passear, apreciar as enormes árvores e  contemplar várias esculturas, entre elas a estátua de D'Artagnan, o herói francês imortalizado por Alexandre Dumas, que faleceu no Cerco a  Maastricht em 1673.

Ou simplesmente sentar à sombra e descançar da vida.

 

22
Ago23

Sobre o que o tempo diz ao tempo?

Carla

 

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Diz-lhe que tem o tempo que o tempo tem. E no final o tempo passa, daqui a 20 anos já nada tem importância. Resta-nos a memória dos locais que visitámos, dos sítios por onde andámos e dos momentos que vivemos. O melhor mesmo é aproveitar a vida e tudo que tem para nos oferecer. Amanhã tudo passou.

Dia 3 - Regresso ao Luxemburgo 

A Rosa acordou com o pé super inchado, qualquer trail, passeio ou esforço estava fora de questão. Decidimos antecipar o regresso ao Burgo, pelas estradas nacionais que ligavam umas aldeias às outras em direcção a Colmar, e daí seguimos pela autoestrada até casa. 

Gerardmer merece outra visita. Desta vez será no inverno, quando toda a paisagem estiver pintada de  branco com a neve. 

Amanhã, dia 15 de Agosto, sigo para Maastrich.

22
Ago23

Quatro dias tem quantas horas?

Carla

Dia 2 -  lagos do Vosges 

O plano do nosso segundo dia seria uma caminhada de 18 km, um percurso circular que liga quatro lagos. Lac Blanc, Lac Vert, Lac des Truites e o Lac Noir. Tínhamos a informação de que era um percurso difícil, troços com subidas íngremes, descidas complicadas, por caminhos de pedras e raízes de àrvores, mas sabíamos que era um percurso lindíssimo e estávamos dispostas a fazê-lo. 

Depois do pequeno almoço no hotel demos início à aventura do dia. Seguimos em direcção a Gerardmer e pegámos a Route des Crêtes, que nos levaria ao estacionamento perto do Lac Blanc onde dariamos início à caminhada. A estrada é de uma beleza indescritível, a típica paisagem do Vosges com pinheiros a descer as encostas, um panorama inesquecível para ser feito a um ritmo lento, com paragens para apreciar. A primeira paragem foi pouco tempo depois, o miradouro do Rocher du Diable, que proporciona uma vista espectacular do Lac Longemer e da pequena cidade Xonrupt, onde contavamos ir no terceiro dia deste passeio pelo Vosges. 

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Carro estacionado, mochila às costa com a garrafa de àgua, termo com café que enchi no hotel, umas barrinhas de cereais que andam sempre comigo e pés a caminho até ao Lac Blanc visto de cima, um caminho fácil de fazer de 2 km, tempo excelente para caminhar. Seguido de um admirar a paisagem e umas fotos para mais tarde recordar, começamos a descer em direção ao lago, e a Rosa começou a mancar do pé que partiu em maio. Decidimos que o melhor era abortar a missão e regressar ao carro. Faríamos pequenos percursos para ver os lagos.

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A caminhada maior, uns 8km ida e volta, foi até ao Lac Vert, onde para baixo todos os santos ajudaram, para cima é que a porca torceu o rabo!

Almoçámos perto das 4h num refúgio de montanha, que ficava a meio da subida, o Chalet Erichson du club Vosgiens, prato de escolha única, que nos disse o dono que é para dar força a quem caminha, composto por três fatias de bacon fumado, quatro tipos de queijo, mostarda, pão e manteiga,  seguido de uma fatia de tarte de mirtilos, levemente doce e azeda, ao som da corneta alpina e com uma vista soberba! 

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Não fomos ao lac des truites, fica para uma próxima ida ao Vosges. 

De volta a Épinal, passeámos pelas ruas da vila, fizemos o circuito turístico pela parte velha da cidade, subimos às muralhas do castelo e comemos uma gauffre no café da praça central.

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Ás  21h voltamos para o hotel, porque o spa estava incluído no preço do quarto e claro que iamos aproveitar! E como soube bem! A noite terminou com uma cerveja no bar do hotel e um pézinho de dança, já que a festa por lá estava bem animada!

 

 

18
Ago23

Quatro dias tem quantas horas?

Carla

Dia 1 -  Les Cascades du tendon/ Épinal (cont)

Saimos de Gerardmer pouco depois das 14h, tinhamos perto de 40km até Épinal. Hora e pouco até ao hotel, não fosse pelo caminho termos visto uma placa a indicar "petit cascade du tendon". Perto da cascata há um estacionamento, onde deixámos o carro e seguimos a pé. Uma placa indicava um pequeno percurso até à grande cascata. Quem vê a pequena fica com curiosidade de ver a grande. Pusemos-nos a caminho por um terreno plano, sem grande dificuldade. Se uma era bonita a outra era magnifica. Uma queda de água com 32 metros de altura, um oásis de frescura, rodeada por uma vegetação digna de ser contemplada. O regresso até à pequena cascata decidimos fazer o percurso circular, um total de 7 km que nos permitiu apreciar a beleza das florestas do Vosges. Mas é possivel regressar pelo mesmo caminho, e quem não gosta de caminhar, ambas quedas de àgua têm estacionamento ao lado.

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Petit cascade du Tendon

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Grand cascade du tendon

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Estava na hora de pegar a estrada até Épinal, ainda não tínhamos dado sinal de vida e já tinham enviado duas mensagens, a primeira a saber a que horas chegávamos e a segunda a avisar que o restaurante estava completo. Como não almoçámos, precisávamos de jantar e depois do check-in feito, a solução foi ir até à vila procurar onde comer. Agosto é época baixa e quase tudo estava fechado e os poucos restaurantes abertos estavam completos. Queriamos comer local mas esquecemos-nos que era preciso reservar. Acabámos por comer o que foi possivel, numa esplanada no centro.

Numa volta rápida pela cidade percebemos, que esta não tinha grande charme, decidimos não lhe dedicar muito tempo. Umas horas no dia seguinte, talvez.

Diz que quem corre por gosto não cansa, mas cansa. Estávamos derreadas! Há muitas horas acordadas, e já contávamos com muitos kilometros no carro e nas pernas! Regressamos ao hotel.

 

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