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Mas para que raio quero eu um blog?

Um blog sem pernas para andar, com uma dona sem vontade de escrever.

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Mas para que raio quero eu um blog?

05
Ago24

Geierlay ou "A escada para o céu"

Carla

Agora que terminei o último desafio com sucesso, o tal da ponte suspensa e já voltei, posso vir aqui largar umas fotos e meia dúzia de palavrinhas sobre o assunto.

Mas antes de vos contar sobre a experiência, uma pequena correção, obrigatória, feita já no post "daqui a uns dias..." A ponte suspensa tem 330 metros e não tantos como me tinham dito. 

Quando lá cheguei, uma grande abundância de àgua caiu sobre mim, quase que parecia um sinal divino, Ele a dizer-me que a minha hora ainda não tinha chegado e que ainda não era o meu dia de subir a "escada para o céu". Mas eu insisti em fazer a travessia, mas depois de 3 tentativas e ao fim de meia dúzia de metros, senti que não era de facto a minha hora. Desisti.

Sentei-me então num banquinho, a apreciar a cara dos destemidos que embarcavam na aventura e a cara dos que regressavam dela. Uns rejubilavam de contentamento, outros juravam para nunca mais. Ali estive perto de uma hora, mas a coragem, essa, faltou-me sempre

Mas eu estava ali para isso.

Decidi então, não iniciar pela ponte e sim pela caminhada, olhar a ponte de vários ângulos, distrair-me com a natureza, respirar fundo e quando chegasse ao outro lado, resolvia.

A caminhada, não foi de tantos kilometros como tinha previsto fazer. Esse percurso foi desaconselhado, muita chuva nos últimos dias, muita lama, o terreno escorregadio e em certos locais perigoso. Fiz então o percurso mais pequeno, perto de 6 km. No fim do percurso havia 2 alternativas. A primeira, passar a ponte. A segunda alternativa, fazer mais 4 km e chegar à cidade. 

Já não ia com grande vontade de fazer mais esses kilometros, até porque eram sempre a subir, então a única solução foi mesmo atravessar a ponte.  E sem pensar muito no assunto, fiz-me a ela. Sempre a olhar em frente, agarrada a ambos os lados, passo rápido, sem nunca desviar os olhos para admirar a paisagem. A ponte é segura, mas abana um bocado quando tem muita gente em cima e principalmente quando nos cruzamos. Assim mais ou menos a meio, num momento em que éramos muitos, agarrei com força a mão do moço que ia à minha frente. Ele ficou feliz por poder ajudar a medricas, que naquele momento panicou um pouco.

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Que venha o próximo desafio, mas sem pontes suspensas, que enfrentar uma foi o suficiente! 

 

 

31
Jul24

Daqui a uns dias ...

Carla

Desafios são desafios.

São mais do que a ansiedade da preparação e do dia que se aproxima. É a emoção da partida, os momentos que vivemos e tudo aquilo que trazemos no coração. Um desafio é um teste a nós próprios, à resiliência, à capacidade de sair da zona de conforto, à aptidão para ultrapassar as dificuldades. Um desafio é uma batalha que se trava para conquistar algo.

Mas há desafios e desafios. 

O desafio do próximo fim-de-semana não será um teste á capacidade física, 15 kilometros fazem-se com uma perna às costas, ainda que esteja de baixa forma e o percurso tenha imensas subidas assustadoras. Mas será um teste ao poder da mente.

"A escada para o céu" é uma ponte suspensa, que tem 330 metros de comprimento e está a quase 100 metros de altura, atravessa o vale do rio Mörsdorfer na Alemanha e este aii Jesus, fica a meio do percurso. Este será o meu maior desafio. É que eu tenho vertigens e pavor de alturas, mas aceitei-o sem pestanejar.

De ora em diante, o frio na barriga vai-se agigantando! 

 

19
Jun24

Tem sempre uma primeira vez.

Carla

As duas sentadas na cozinha, reviamos os meus apontamentos quando ela solta esta frase " tem sempre uma primeira vez!"

Sim, é a primeira vez que faço um currículo e uma carta de motivação para me candidatar a um trabalho.

Antigamente era tão mais fácil, via o anúncio, telefonava, marcava entrevista e dias depois recebia a resposta. Agora, primeiro apresentas-te e falas de ti num CV, clicas numa tecla para enviar, se gostarem e preencheres os requisitos és chamada para a entrevista ou então metem o mail de parte. Mas tem sempre uma primeira vez!

É incrível como esta frase fez-me lembrar algumas primeiras vezes que  vivi na vida.

A primeira vez que fiquei sozinha depois de casar, foi só um mês  que o homem foi de viagem em trabalho, mas aquelas noites, para quem sempre morou com os pais e habituada a ter a casa cheia com os irmãos, aquelas muitas noites foram aterrorizantes. A primeira vez com o miúdo bebé, a inexperiência, a preocupação, o coração descompassado, o receio de falhar e a vontade de voltar 8 meses para trás e desistir da ideia de pôr filhos no mundo. A primeira vez que, depois de separada, fui sozinha jantar fora e ao cinema, foi tão desconfortável. A primeira vez que viajei rumo ao desconhecido e ao recomeço da vida noutro país,  foi uma mistura de medo e dor de barriga. E aquela primeira vez que fui de férias sem os filhos, bem... foi tão desaconchegante. 

Mas todas as primeiras vezes me movem em direção dos meus sonhos e conquistas, ao novo, ao desafio.

Não é que não goste do meu trabalho, das colegas, dos patrões. Não é que esteja mal, mas posso sempre estar melhor. A vida vai nos dando as oportunidades e estas são únicas, o melhor é não desperdiçar. 

Agora resta-me esperar que gostem do que foi escrito e que tenham a curiosidade de me conhecer pessoalmente.

E quantas primeiras vezes ainda estão por vir? 

 

04
Fev24

Pelos trilhos de Hobscheid

Carla

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Penso muitas vezes que devia ser como outras mulheres de cinquenta que eu conheço.

O gosto em cozinhar para a família, passar os domingos à mesa com os amigos, o café, a conversa, os filhos já grandes que, entretanto lhes trazem os netos, a vida vivida com mais tranquilidade, mais devagar, o trabalho certinho e já sem grandes ambições. A vida acomodada e acomodada à vida.

Mas em mim o sangue fervilha, a aventura chama por mim, povoa-me o pensamento, a ideia da quietude enerva-me, e eu preciso, porque preciso, de movimento. 

Isto é mais forte do que eu, e eu abdico de longas almoçaradas, tardes no café a jogar conversa fora, ou de domingos sentada no sofá.

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Abdico por estes momentos de felicidade.

Hoje foi assim…

Dia de descobrir mais um pouco deste pequeno país…perto da fronteira com a Bélgica.

Um trilho sem grandes dificuldades, em alguns locais vários obstáculos (árvores caídas), 15 quilómetros de paisagem e lugares magníficos.

A temperatura excelente,  ligeira chuva molha tolos… ideal para fazer o que gosto.

 

 

28
Jan24

A voltinha de hoje deu a módica quantia de 18 km...

Carla

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Se existem muitas razões pelas quais gosto de caminhar, uma delas é poder andar livremente por montes e vales, florestas fora e poder apreciar a paisagem, a calmaria da natureza e o cheiro. 

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A natureza é capaz de limpar a alma, revigorar, refrescar, acalmar, alegrar e trazer paz. 

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Na natureza nada é perfeito mas tudo é perfeito. 

08
Out23

21 kilometros em 3h e 30 minutos.

Carla

Grande dia, grande céu azul, grande sol, grande caminhada, grandes subidas, grandes descidas...  na companhia de grandes amigos.                                                   ...é tudo à grande, manias.

É que isto de andar por aí a caminhar  cansa uma pessoa, incham-lhe as mãos, ficam-lhe a doer as pernas e as ancas, o suor a correr pelo rosto...

Mas no fim o que importa é a alegria que sentimos, o sorriso todo o caminho, as gargalhadas, o companheirismo, o sabor do desafio e o arrepio de satisfação do objectivo cumprido.

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    Amesterdão, estamos em grande!                              ... e prontos! 🥇

 

E o vosso domingo? Aposto que se estava bem na praia ou na esplanada a beber uma cervejita...

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