O motorista queria conversa e dei-lha.
Metade do caminho falou de como era bom conduzir o autocarro vazio, no período em que toda a malta abala, quando as firmas fecham na época das férias colectivas. Três semanas sem o stress do trânsito, nem das obras. Na outra metade do caminho queixou-se dos preços das casas no Luxemburgo e da casa a bom preço que tinha arranjado em França, pertinho da fronteira, não era um casarão, mas era uma boa casa. Tinha 2 quartos e quintal. Depois listou-me as desvantagens de viver na cidade do Luxemburgo, para os desgraçados que aqui moram. Depois revelou-me a renda que pagava, 1400 euros, já com a àgua e aquecimento incluído. E finalmente, revelou-me onde era a casa. Yutz. Não lhe gabei a sorte do achado.
Entre o "inferno" que é viver na cidade do Luxemburgo e viver em Yutz, venha o diabo e escolha.