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Mas para que raio quero eu um blog?

Um blog sem pernas para andar, com uma dona sem vontade de escrever.

Um blog sem pernas para andar, com uma dona sem vontade de escrever.

Mas para que raio quero eu um blog?

05
Jan25

Estou pr'aqui toda empanada.

Carla

Depois de tanto tempo de preguiceira aguda, voltei às caminhadas a sério. Gente o que eu subi, o que eu desci, o que eu caminhei em cima de neve, gelo, a quantidade de desvios que fiz para não escorregar nas possas de àguas congeladas, foi coisa pra me deixar pr'aqui toda empandada. Doi-me as pernas, parece que pesam 50 kg cada uma, coitadas. Doi-me a zona do cúlombo, por ter escorregado e me ter esbardalhado toda ao comprido. Acontece... só não acontece a quem fica sossegado e em casa.

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Fica o registo fotográfico, porque este blog também serve para partilhar fotos de momentos de silêncio e tranquilidade que me fazem bem à alma.

Bom domingo

 

26
Set24

Sinceramente, não sei para onde é que este país está a caminhar ...

Carla

Numa cerimónia que reuniu 30 amigos do casal, Toby e Kelly disseram, no domingo passado, o sim. Perante um amigo do casal que foi o juiz e testemunhas trocaram alianças. Yep! Houve troca de alianças e  juras de amor eterno! Quem viu a noiva a entrar na sala ao som da marcha nupcial diz que, ia linda no seu longo véu e que, Toby estava visivelmente emocionado enquanto de mãos dadas caminhavam para o altar.

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Só me resta desejar felicidades ao casal! ... cãosal?... bom... felicidades aos noivos!

 

15
Jul24

O "cabaré gay" de Sam Smith

Carla

 

Não vou dizer que sou grande fã,    conheço-lhe duas ou três músicas todas do primeiro álbum, depois perdi-lhe o rastro. Ir a um concerto dele também nunca fez parte dos meus planos. Quando a Sandra me convidou a semana passada, achei estranho ainda haver bilhetes à venda, mas havia e fui. 

A palavra de ordem foi "liberdade" e o concelho "divirtam-se"!

 Abriu o espectáculo de uma forma relativamente simples, as três músicas do passado que conhecia,  depois toda a exuberância, excêntricidade e a sexualidade foi ganhando ímpeto nele e nas coreografias, o que levou o público ao rubro a cantar numa só voz. 

Foi diferente, mas ...Até gostei. 

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Para quem ficou escandalizado com o concerto da Madonna em Portugal, dêem mais uns anos a este que ele a supera! 😅

 

 

28
Mai24

Castigos divinos

Carla

Se os há, levei com um.

No sábado lá fui eu participar mais uma vez na marcha internacional de Diekirch, este evento é organizado pelo exército Luxemburguês desde 1968 e junta militares, policia, cidadãos, não só do Luxemburgo mas de vários países. Durante 2 dias percorremos a zona norte do país. Eu fiz 20 km no sábado, duríssimos!...  ainda cravei boleia na mochila de um soldado americano, mas este não foi na conversa, preferiu continuar o percursso com os 50 quilos de sei lá o quê, do que os substituir por esta simpática pessoa. Totó! 

Por entre floresta, caminhos de cabras e caminhos agrícolas, o caminho foi-se fazendo, ora subindo, ora descendo. Ao longo do percurso músicos iam animando o pessoal e tendas foram montadas com comida e bebida. 

Foi numa dessas subidas que vi um enorme pomar de cerejeiras. Ora, passar sem parar perante tão bela e gostosa visão? Naaa! Não só parei como me embrenhei arvoredo adentro à procura de cerejas maduras. Subi às àrvores à procura delas, enguli-as não sem antes as saborear. Delicia dos deuses! Sem saber e sem me preocupar se tinham pesticidas recentes que provocasse algum desarranjo intestinal de caixão à cova. Que salixe! Mas tal não aconteceu, o que aconteceu, foi que a partir desse momento comecei a sentir uma forte dor no joelho que foi aumentando de intensidade à medida que caminhava, tive de desistir da ideia de continuar o percursso dos 40 km e meia a coxear lá cruzei a meta dos 20 km. O gelo e a massagem da moça dos primeiros socorros resolveram a situação, mas no domingo já não fui fazer o 2° dia da marcha.

Isto tudo à conta de um punhado de cerejas sem autorização, bom, uma barrigada delas. Tão docinhas! 

Toma lá cerejas! 

 

22
Mai24

Pedras no caminho ?

Carla

 

Nos meados dos anos 60, um homem embarcou na aventura de construir o seu castelo encantado. Sozinho.

 O primeiro projecto em madeira, ardeu num incêndio em 1973, mas mesmo depois desse revês, meteu as mãos à obra e começou uma nova construção, projecto em que trabalhou até à sua morte em 2007.

Pol Gilson era filho de um pedreiro, o que lhe deu conhecimentos suficientes para iniciar a empreitada, consultou alguns profissionais em áreas desconhecidas, mas a única ajuda que teve foi para construir o fosso em redor, uma máquina que lhe emprestaram, todo o resto foi feito e construído de forma autodidática, pelas próprias mãos.

Os materias usados. 

O irmão de Gilson trabalhava num cemitério e a certa altura as pedras das campas foram substituidas por mármore. Essas pedras eram deitadas fora e Gilson decidiu aproveitá-las e usá-las para construir o seu castelo dos contos de fada.

Turelbaach Castel

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"Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo."

01
Mai24

A tradição de oferecer o Muguet

Carla

Na França, no primeiro dia de Maio, é tradição oferecer um raminho de muguet (lírio-do-vale). Uma flor delicada e perfumada que é símbolo de sorte e felicidade.

Uma tradição que começou no século XVI com o rei Charles IX. O monarca gostou tanto de receber um ramo de muguet que ordenou, que no primeiro dia de maio, a flor fosse distribuída a todas as damas da corte. 

Por cá mantemos essa tradição, oferecer aos amigos e familiares um ramo de muguet, desejando-lhes sorte e felicidade durante todo o ano. 

Eu recebi o meu! E não podia deixar passar esta data em branco.

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A cada um de vocês ofereço um ramo de muguet. ❤️

 

 

15
Abr24

Este post é um desafio à vossa imaginação.

Carla

Entre muitas coisas que a minha mãe me diz, uma delas, é que eu tenho uma imaginação muito fértil. Se ter uma imaginação fértil for a capacidade de pensar de forma original, e imaginar for uma actividade normal e saudável para o cérebro, como diz o Sr. Google, então eu tenho essa capacidade e o meu cérebro é saudável.

Na jornada aprendemos que devemos sempre observar atentamente o caminho, e eu aprendi há muitos anos, a ter uma visão periférica, com o instrutor de condução que me chumbou no exame, à conta de não estar atenta ao meu redor.

Já a malta que caminha comigo, diz-me na brincadeira, que tenho de pôr mais tabaco nas cenas que fumo. Que culpa tenho eu que eles tenham uma imaginação limitada? E que caminhem preocupados em chegar ao fim, de olhos postos no chão e sem prestar atenção ao que os rodeia?

Este domingo foram 25 km, com formações rochosas dignas de se perder tempo a observar atentamente. E nestas minhas observações, o que vi partilho com vocês, que isto é uma actividade engraçada, meter os olhos a olhar para além de uma simples rocha e o cérebro a dar-lhe forma.

O que os meus olhos viram:

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A cabeça do Frankenstein.

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Um coelho visto de lado.

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A cabeça de uma tartaruga.

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A cabeça de uma pessoa.

 

As pessoas que se deram ao trabalho de estudar a mente humana, deram-lhe o nome de Pareidolia, e dizem ser uma característica de pessoas com um humor positivo e criativas. 

O que os vossos olhos vêem?

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E o coração? Ali à vista de todos... até ele lhes passou ao lado.

 

 

 

25
Mar24

Do fim-de-semana 23 e 24 de Março

Carla

Este fim-de-semana foi assim... sol, chuva, granizo, neve, vento, lama...Dois dias, 28 km de solidariedade com o grupo dos caminheiros do facebook para o Relais pour la Vie, um evento da Fundação Câncer. Foi tão duro como bonito. Foi com um propósito diferente. Foi uma prova de fé, de amor.

O Relais pour la Vie é uma maratona de luta contra o cancro. Em equipa presencial na Coque, ou de forma conectada, caminhamos, corremos, andamos de bicicleta, uma maratona de esperança para com aqueles que lutam, para celebrar a vida com os que sobreviveram, em homenagem àqueles que infelizmente partiram e de apoio às familias. São 24 horas de muita emoção, convivio e amizade.

Como disse um lutador, "receber a notícia de que se tem cancro é ficar sem chão, mas não é o fim. É uma luta a enfrentar, a fé e o amor dao-me forças para lutar e eu vou vencer!" Força Pedro 🫶

É o amor que nos salva e este fim-de-semana, em cada abraço, em cada sorriso, em cada voluntário, em cada participante, sentiu-se amor.

Não sei se a fé vem primeiro, ou se o amor vem primeiro. Mas nestes dias fiquei com a certeza de que não há um sem o outro.

 

 

 

 

20
Fev24

Buergbrennem

Carla

Todos os anos no fim-de-semana a seguir ao Carnaval, cá pelo Luxemburgo, constróiem-se torres com madeira velha, paletes e os pinheiros de natal, que foram recolhidos e deitamos-lhes fogo. Esta antiga tradição também conhecida pela Fête des Brandons, consiste em queimar simbolicamente o Inverno para o afastar. 

Uma tradição que junta a população da cidade durante a tarde para a construção do buerg, que pode ter a forma de um pequeno castelo, mas a maior parte da vezes é uma enorme fogueira com uma cruz no meio. O tamanho da fogueira depende da quantidade de material recolhido. Seguido de uma prossição de tochas e no fim deita-se fogo à fogueira para iluminar a noite, esta honra é dada a um casal recém casado ou a uma pessoa célebre da localidade.

A festa animada pela fanfarra, continua noite dentro ao redor da fogueira, até que esta se transforme em cinzas. Fazem-se berbecues e são servidos pratos tradicionais como o Bouneschlupp (sopa de feijão verde) ou o Lerzebulli (sopa de ervilhas) claro que não pode faltar o Glühwäin (vinho quente) para aquecer o pessoal.

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Uma tradição pagã por alturas do equinócio da primavera, que simboliza o nascimento da Primavera e a morte do Inverno, a vitória do calor ao frio, da claridade à escuridão. Também se consta que o queimar o Buerg, é uma forma de relembrar as bruxas que foram atiradas à fogueira e queimadas noutras épocas. 

 

Inverno queimado. Venha a Primavera!

 

 

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