Há 25 anos atrás era eu uma mocinha de 27 anos...
... quando pelas seis horas e tinta minutos do dia dezanove de Fevereiro me tornei mãe.
Contrariando todas as previsões da agulha e adivinhações pelo formato da barriga, que diziam ser uma menina, porque ele nunca se quis mostrar e guardou o segredo fechado a sete chaves. Para o pai era igual, eu tinha a certeza que era rapaz e só tinha nome para menino, Miguel. Nasceu um ratinho com 35 semanas que mal se ouvia quando chorava, com 47cm e 2,800g. Só se lhe viam os pés e os dedos finos e compridos das mãos. Careca e com o nariz como o pai mas com os olhos da mãe.
O Miguel é o meu maior cúmplice, o melhor companheiro nesta aventura, o meu grande parceiro desta viagem, o meu filho que me dá o braço na rua e me pede colo e abraços apertados. Que me peça sempre. Para o resto da vida.
Que me dê o braço até me finarem os dias e que percorra comigo todos os caminhos até me faltarem as forças nas pernas, a saúde e a vista.
Nunca haverá palavras para lhe dizer o quanto o amo, só lhe posso agradecer por me ter escolhido para ser sua mãe.
Parabéns meu filho. Nunca deixes de sorrir e aproveitar a vida da melhor maneira.