Esta minha cabeça já teve dias melhores ...
Gosto de café, facto!
Posso beber café a qualquer hora do dia. Facto!
Mas o café que melhor me sabe é aquele que bebo por volta das 17h antes de regressar ao trabalho.
O ritual é sempre o mesmo.
Delicadamente coloco a cápsula dentro da máquina, observo com a atenção que lhe é devida a máquina a misturar a água no pó de café. Inalo o aroma, sinto-lhe o cheiro.
Este tem de ser 3/4 da chávena, nem mais nem menos e sempre na mesma chávena, aquela amarela, de um conjunto de seis, mas que já só resta uma.
Sento-me à mesa, degusto o seu sabor.
O telefone toca, dirijo-me a sala para o atender. A conversa foi rápida.
Regresso à cozinha para continuar a saborear tranquilamente o meu café.
Nem café, nem chávena... procuro por eles. Procuro ... e nada ... digo para mim mesma ... " mas que raio!"
Faço outro café, que bebo de uma assentada porque entretanto é hora de sair para ir trabalhar.
"Mas que raio, onde se meteu a maldita chávena?" Isto intrigou-me durante horas.
Regressei a casa na disposição de descobrir o mistério...
Onde foi parar a chávena e o meu café tirado com tanta dedicação?
Ao frigorífico meus caros! Ao frigorífico!
Agora não me perguntem como foi lá parar, porque eu também não me lembro!!