Ele há merdas que m'encanitam os nervos!
Traumas de infância...
Isto não vai ser fácil, mas cá vai !
Eu tenho uma orelha maior que a outra. Convivi com isso desde que me lembro de ser gente e sinceramente nunca liguei muito, até ao dia em que, já andava no ciclo e apanhei uma carga de piolhos. A minha mãe para se livrar deles, levou-me à cabeleireira, uma amiga dela, que teve a ideia brilhante de me cortar o cabelo curto, à rapaz. Isso deixou-me as orelhas à vista de toda a gente, foi motivo de chacota e brincadeiras parvas.
É por isso que ainda hoje não prendo o cabelo, não o ponho atrás das orelhas, não uso bonés, nem chapéus e nunca corto o cabelo curto. Tem de ter sempre comprimento suficiente para as tapar.
Com idade tenho aprendido a viver em paz com elas e até brinco com a situação.
Mas ontem aconteceu uma cena verdadeiramente estúpida que me revoltou as entranhas.
Estava sentada na cozinha no trabalho, a tranpirar por todos os poros de calor, agarrei num elástico e fiz um rabo de cavalo, o estagiário que estava sentado à minha frente, olha para mim e diz-me "epá, tu solta o cabelo!" e olha-me nos olhos e remata com um sorrisinho "uma pequena cirurgia resolvia o problema da tua orelha"
Fiquei chateada! Não tanto por aquilo que disse, apesar de já não ser a primeira vez que a criatura tem uma saída infeliz.... Mas fodida comigo própria, porque em vez de lhe responder, soltei o cabelo, bebi o café e saí da cozinha.
Andei aziada o resto do dia... foda-se!! Hoje vou de rabo de cavalo. Vai ter de levar com as minhas belas orelhas todo o santo dia! 😎
Uma otoplastia precisavas tu no cérebro, pah!