Coisas do dia-a-dia que não matam mas moem!
O despertador tocar naquela hora exacta em que estás a dormir ferrada e a ter um sonho porreiro. Não mata, mas mói!
As cápsulas do café virem demasiado cheias e o café sair às mijinhas. E tu com pressa porque só tens 10 minutos, para o beber, vestir o casaco, meter o cachecol, gorro e as luvas, sair de casa, correr para a paragem e apanhar o autocarro para ir trabalhar. Não mata, mas mói!
Pessoas no autocarro a falar alto ao telemóvel ou a enviar e a receber mensagens de voz, quando vais ali meia ensonada, o cérebro em off e nem um murmurinho te apetece ouvir. Não mata, mas mói!
Chegar a casa do patrão e saber que só estiveste fora 6 dias, mas ao olhar para o cesto de roupa para passar a ferro, parece que estiveste fora quase um mês e vais passar as primeiras horas da tua manhã fechada na lavandaria. Não mata, mas mói!
Sair do trabalho 15 minutos mais cedo, porque tens um compromisso 1 hora depois, e o motorista do autocarro ir tão no relax que parece que vai a conduzir um autocarro de velhinhos num tour turístico pela cidade. Não mata, mas mói!
Pessoas estateladas em frente das prateleiras do supermercado e que se metem à tua frente quando vais tirar uma coisa. Não mata, mas mói!
Olhar para a folha de salário e ver a quantidade de euros que deverias receber, mas que são enviados automaticamente para os cofres do estado. Não mata, mas mói!
Ser quase 17 horas, daqui a 30 minutos tens de estar no trabalho e não encontrar as chaves dos escritórios. Procurar, procurar, começar a desesperar, quase a acreditar que perdeste as chaves, o tempo a passar e começas a ficar fodida porque já reviraste tudo à procura do molho de chaves. Até que as encontras num bolso da carteira, que só usas para guardar pensos higiénicos e tampões. Não mata, mas mói!
Calçar dois pares de meias, porque só com um par os pés andaram o dia todo gelados, as botas apertarem, o calo do dedo mindinho se queixar e começar a doer e os pés, esses continuaram gelados. Não mata, mas mói!
Quando vais cheia de pressa e os semáforos ficam todos vermelhos para os peões quando te sentem aproximar, parece que se uniram para te tramar e obrigar a chegar atrasada ao trabalho. Não mata, mas mói!
Perceber que sobrou um dinheiro ao fim do mês e esfregas as mãos de contente porque te apetece mimar e comprar qualquer coisa para ti, mas ao tirar a roupa da máquina que puseste a lavar a 95° notas que a roupa está gelada, a máquina está a avariar e tu não consegues viver sem ela. Não mata, mas mói!
Apetecer-te torradas ensopadas de manteiga, que derretida escorre pelos dedos abaixo, e verificares que não tens manteiga suficiente na embalagem. Não mata, mas mói!