Castigos divinos
Se os há, levei com um.
No sábado lá fui eu participar mais uma vez na marcha internacional de Diekirch, este evento é organizado pelo exército Luxemburguês desde 1968 e junta militares, policia, cidadãos, não só do Luxemburgo mas de vários países. Durante 2 dias percorremos a zona norte do país. Eu fiz 20 km no sábado, duríssimos!... ainda cravei boleia na mochila de um soldado americano, mas este não foi na conversa, preferiu continuar o percursso com os 50 quilos de sei lá o quê, do que os substituir por esta simpática pessoa. Totó!
Por entre floresta, caminhos de cabras e caminhos agrícolas, o caminho foi-se fazendo, ora subindo, ora descendo. Ao longo do percurso músicos iam animando o pessoal e tendas foram montadas com comida e bebida.
Foi numa dessas subidas que vi um enorme pomar de cerejeiras. Ora, passar sem parar perante tão bela e gostosa visão? Naaa! Não só parei como me embrenhei arvoredo adentro à procura de cerejas maduras. Subi às àrvores à procura delas, enguli-as não sem antes as saborear. Delicia dos deuses! Sem saber e sem me preocupar se tinham pesticidas recentes que provocasse algum desarranjo intestinal de caixão à cova. Que salixe! Mas tal não aconteceu, o que aconteceu, foi que a partir desse momento comecei a sentir uma forte dor no joelho que foi aumentando de intensidade à medida que caminhava, tive de desistir da ideia de continuar o percursso dos 40 km e meia a coxear lá cruzei a meta dos 20 km. O gelo e a massagem da moça dos primeiros socorros resolveram a situação, mas no domingo já não fui fazer o 2° dia da marcha.
Isto tudo à conta de um punhado de cerejas sem autorização, bom, uma barrigada delas. Tão docinhas!
Toma lá cerejas!