A minha memória vai até um lugar...
Quando éramos miúdos sabiamos bem que o jantar hoje seria bacalhau à brás e no fim bolo de chocolate coberto de calda de chocolate. Esperariamos pelo pai até às 20h para começar a jantar. A mãe sentar-se-ia ao teu lado, o pai à cabeça da mesa, eu e a Sandra à tua frente e da mãe. Depois era certo que iriamos aldrabar a letra dos parabéns a você, para que o bolo fosse partido mais rápido, a mãe iria ralhar, o pai rir e olhar de lado.
Quarenta e sete... talvez hoje bebessemos um copo e guardassemos as comemorações para o fim-de-semana.
Quis a vida, ou o livre arbítrio, que estivesses naquele local aquela hora, talvez 21 anos tenha sido pouco tempo, mas...
Quem vive? Vive aquele que decide viver, não o que nasce. Vive quem é livre não o que é comandado. Vive quem se embebeda com a vida e do sorriso dos outros. Vive quem percebe que daqui não leva nada, a não ser os momentos que viveu, o amor que deu e recebeu.
Tu mano, tu viveste pra caraças!
Acredito que hoje vás apanhar umas ondas, espero que o mar não esteja flat, no sítio onde estás.
Feliz aniversário Pê ! Até um dia, num lugar mesmo a teu lado. ❤️