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Mas para que raio quero eu um blog?

Um blog sem pernas para andar, com uma dona sem vontade de escrever.

Um blog sem pernas para andar, com uma dona sem vontade de escrever.

Mas para que raio quero eu um blog?

22
Ago24

Se tivesse um buraco, enfiava-me!

Carla

7.20 da manhã e já eu descia a rua para me dirigir à paragem do autocarro Gare Rocade, ao longe avisto um grupo de pessoas, paradas perto da porta do elevador que dá acesso à passadeira pedonal, que passa por cima da estação de comboios. Uma dessas pessoas, um homem não me era de todo desconhecido e à medida que me ia aproximando, mais certeza tinha que era ele e mais me questionava o que estaria ali a fazer àquela hora da manhã.  A porta do elevador abre e as pessoas arrendam-se para o lado para dar passagem a quem vai sair e, tranquilamente começam a entrar no elevador. O homem agora virado de costas ficou no fim da fila e aguardava a sua vez de entrar. Nestes entretantos, o semáforo para peões fica verde e eu acelero o passo com o intuito de o comprimentar. Acerco me dele, prego-lhe uma palmadinha tipo palmada, daquelas que tenho por hábito lhe dar,  nas costas, e de sorriso de orelha a orelha solto um sonoro "bom dia Ramiro". O homem vira-se, dá-me o bom dia, ri com vontade de rir e informa-me que não se chama Ramiro.

Se tivesse um buraco, enfiava-me.

Esta merda de ver mal ao longe, ainda me vai trazer graves problemas!

 

19
Ago24

Já fui e já vim.

Carla

É verdade. Fui num pé e vim noutro. Isto quando há um feriado perto do fim-de-semana o melhor mesmo é, fazer ponte. É que umas mini férias são sempre bem vindas. Com isto na ideia, foi pegar no carro, meter lá dentro umas roupitas, o farnel para a viagem e meter-me a caminho. E 7h depois "aterrei" numa pequena localidade nos Alpes, a paredes meias com a Áustria, com lagos de tirar o fôlego, cascatas lá pelo meio daquele maciço de rochedos gigante de ficar de boca aberta e castelos e paisagem de sonho.

Foram 4 dias de muitos kilometros nas pernas, muita chuva nas trombas, que isto de andar lá no alto das montanhas, tanto brilha o sol, como a seguir chove torrencialmente e cerveja, que os alemães não são meigos e um fino para eles é uma caneca de meio litro. 

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Digam-me cá, com uma visão destas quem é que pode pensar em descansar? 

Um dia hei-de fazer férias para descansar, dias e dias de papo pró ar, mas enquanto as pernas o permitirem eu quero é aproveitar.

 

13
Ago24

Eu até gostava do verão até ...

Carla

...  ao dia em que comecei a pingar àgua pela testa abaixo. Eu até gosto de calor, mas em doses moderadas. Já não se aguenta, caramba, que calor insuportável que se faz sentir no burgo. Isto é 8 ou 80, está demais! Podia estar uma aragem, um ventinho... Se fosse um gajo porreiro, podia ter avisado com antecedência a sua vinda ou pelo menos não vir assim tão de repente. A pessoa destila dentro da roupa... poça não aguento! Isto já são dias a mais de tanto calor e de tão abafado que está... não há vontade para trabalhar ... Só apetece descançar, estar sentada no sofá a criar lombas... não há quem durma à noite... é um rola e rebola de calor. Será pedir muito um pouco mais de fresquinho?!

 

12
Ago24

O que é que a gente leva desta vida?

Carla

Tom jobim diz que a gente leva da vida, a vida que a gente leva.

Á mesa, boa comida para saborear.

Com bom vinho a acompanhar.

Brindes e conversas a partilhar.

Muitas estórias de deleitar.

O uno e as setas deram-nos adrenalina.

O sol a vitamina. 

A diversão reinou sem cessar.

Momentos inesquecíveis a celebrar.

Euforia e alegria a transbordar.

Momentos felizes para eternizar.

Foi um fim-de-semana encantado.

Com risos celebrado.

 

 

09
Ago24

Quem tem?

Carla

Quem tem a casa cheia este fim-de-semana? Eu, claro. 

Quem vai ter 12 pessoas, amontoadas neste pequeno T2 amanhã para jantar e domingo para almoçar? Eu, claro.

E, quem tem de pôr tudo a preceito, limpo, aspirado e lavado e ir adiantar as coisas, para amanhã ter menos trabalho, quem? Eu, claro e Euzinha (empregada) também.

E quem, em vez de pôr mãos à obra está aqui a escrever? Eu, claro.

Atão, com a vossa licença, vou vestir o avental e começar a fazer as limpezas da festa, enquanto o bacalhau coze que ainda hoje o tenho de desfiar. E passar as toalhas de mesa a ferro e deixar as mesas postas.

É que se não for eu a fazer não há quem faça. Só Euzinha me entende e ajuda.

 

 

07
Ago24

Os imbróglios da vida

Carla

As pessoas que têm a paciência e a inteligência para ler manuais de instruções, para mim, essa pessoa está a um nível muito acima na escala da evolução da humanidade. O mesmo se passa com as pessoas que seguem tutoriais no YouTube e aprendem as coisas. Acho lindo! 

Eu até me esforço, mas quando vejo que nos primeiros minutos do vídeo, a pessoa apenas anunciou aquilo que está escrito no título a minha concentração vai-se. 

Quanta coisa eu poderia aprender, se tivesse paz de espírito para seguir um tutorial ou ler um manual de instruções.

Este é o meu jeito. O que posso fazer? 

Olha... vou seguindo as figurinhas e as vozes na minha cabeça. E depois com a força da oração a coisa às vezes bate certo. Outras vezes... sobram peças. Mas... se sobrarem peças e a coisa der certo e ficar a funcionar, aí minha gente, considero-me uma verdadeira Einstein!

05
Ago24

Geierlay ou "A escada para o céu"

Carla

Agora que terminei o último desafio com sucesso, o tal da ponte suspensa e já voltei, posso vir aqui largar umas fotos e meia dúzia de palavrinhas sobre o assunto.

Mas antes de vos contar sobre a experiência, uma pequena correção, obrigatória, feita já no post "daqui a uns dias..." A ponte suspensa tem 330 metros e não tantos como me tinham dito. 

Quando lá cheguei, uma grande abundância de àgua caiu sobre mim, quase que parecia um sinal divino, Ele a dizer-me que a minha hora ainda não tinha chegado e que ainda não era o meu dia de subir a "escada para o céu". Mas eu insisti em fazer a travessia, mas depois de 3 tentativas e ao fim de meia dúzia de metros, senti que não era de facto a minha hora. Desisti.

Sentei-me então num banquinho, a apreciar a cara dos destemidos que embarcavam na aventura e a cara dos que regressavam dela. Uns rejubilavam de contentamento, outros juravam para nunca mais. Ali estive perto de uma hora, mas a coragem, essa, faltou-me sempre

Mas eu estava ali para isso.

Decidi então, não iniciar pela ponte e sim pela caminhada, olhar a ponte de vários ângulos, distrair-me com a natureza, respirar fundo e quando chegasse ao outro lado, resolvia.

A caminhada, não foi de tantos kilometros como tinha previsto fazer. Esse percurso foi desaconselhado, muita chuva nos últimos dias, muita lama, o terreno escorregadio e em certos locais perigoso. Fiz então o percurso mais pequeno, perto de 6 km. No fim do percurso havia 2 alternativas. A primeira, passar a ponte. A segunda alternativa, fazer mais 4 km e chegar à cidade. 

Já não ia com grande vontade de fazer mais esses kilometros, até porque eram sempre a subir, então a única solução foi mesmo atravessar a ponte.  E sem pensar muito no assunto, fiz-me a ela. Sempre a olhar em frente, agarrada a ambos os lados, passo rápido, sem nunca desviar os olhos para admirar a paisagem. A ponte é segura, mas abana um bocado quando tem muita gente em cima e principalmente quando nos cruzamos. Assim mais ou menos a meio, num momento em que éramos muitos, agarrei com força a mão do moço que ia à minha frente. Ele ficou feliz por poder ajudar a medricas, que naquele momento panicou um pouco.

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Que venha o próximo desafio, mas sem pontes suspensas, que enfrentar uma foi o suficiente! 

 

 

01
Ago24

O motorista queria conversa e dei-lha.

Carla

Metade do caminho falou de como era bom conduzir o autocarro vazio, no período em que toda a malta abala, quando as firmas fecham na época das férias colectivas. Três semanas sem o stress do trânsito, nem das obras. Na outra metade do caminho queixou-se dos preços das casas no Luxemburgo e da casa a bom preço que tinha arranjado em França, pertinho da fronteira, não era um casarão, mas era uma boa casa. Tinha 2 quartos e quintal. Depois listou-me as desvantagens de viver na cidade do Luxemburgo, para os desgraçados que aqui moram. Depois revelou-me a renda que pagava, 1400 euros, já com a àgua e aquecimento incluído. E finalmente, revelou-me onde era a casa. Yutz. Não lhe gabei a sorte do achado.

Entre o "inferno" que é viver na cidade do Luxemburgo e viver em Yutz, venha o diabo e escolha.

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