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Mas para que raio quero eu um blog?

Um blog sem pernas para andar, com uma dona sem vontade de escrever.

Um blog sem pernas para andar, com uma dona sem vontade de escrever.

Mas para que raio quero eu um blog?

28
Fev24

De pecado em pecado

Carla

Hoje tenho estado em constante estado pecaminoso. Logo de manhã, ainda meia ensonada coloquei no cabelo o óleo hidratante do corpo, não me foi possivel lavá-lo depois e as pontas ficaram oleosas, com um aspecto bem desagradável ... Ira.

Andei a manhã toda sem paciência nenhuma para realizar as tarefas que me competiam, nada motivada, a manhã que poderia ter sido prazerosa, foi chata e enfadonha, fui invadida por maus pensamentos, mas o dinheiro faz-me falta... Luxúria.

Perto da hora de almoço, ofereceram-me chocolates, podia ter comido só um, mas, enfardei quatro de seguida ... Gula.

Depois de almoço a soneira bateu-me com tanta força, senti os olhos pesados e a fecharem, estiquei-me no sofá para descançar o cérebro e acabei por adormecer... Preguiça.

Encontrei uma amiga do ginásio no ginásio, está toda tonificada, aqueles ombros... o músculo do adeus não abanou quando me disse tchau ... Inveja. Também eu queria que o meu músculo do adeus não abanasse quando digo tchau ... Ira e Inveja juntos.

Passei no mini mercado para comprar kiwis, a semana passada estavam a 0,99 cêntimos a peça, hoje estão a 1,20 cada um, não trouxe nenhum... Avareza.

Ainda faltam umas horas para o dia acabar... e os pecados mortais são sete.

Melhor não bater as botas hoje, senão vou directa pro inferno. 😅

27
Fev24

Fui pesquisar...

Carla

... e conclui depois de algumas leituras, que o máximo de decibéis que uma pessoa suporta de forma a não prejudicar a saúde e a não causar stress, é de 56 decibéis.

56 decibéis!

O choro baixinho de uma criança que esteja apenas a resmungar é de 30 decibéis, já um choro estridente pode superar os 90 decibéis, dependendo da criaturinha o volume pode chegar aos 110 decibéis, ruído mais alto que um secador de cabelo que anda ali à volta dos 85 decibéis.

Só para haver um termo de comparação, um aspirador deita 75 decibéis, uma buzina deita 100 decibéis, uma sirene deita 120 decibéis.  

Portanto ... 

Desculpem a minha falta de modéstia... mas um viva para mim que trabalho acima do limite 1 dia por semana, 6h por dia.

É que mesmo correndo o risco de ficar surdinha, aquelas 3 pestinhas de 2 e 4 anos ainda não conseguiram me enlouquecer e até gosto de as aturar.

( ou já enlouqueci e não dei por ela)

24
Fev24

Caldeirada de assuntos.

Carla

Quatro graus às catorze e trinta da tarde. Boa tarde. 24 de Fevereiro, Sábado.  Acabei de comer um pain au chocolat, foi-me oferecido com tanto carinho enquanto limpava a entrada do prédio, não podia recusar, e soube-me muito bem. Eu que andei uma semana toda a evitar o açúcar, mas dias não são dias. Entretanto já me enervei, fui aos correios, na Segunda recebi um aviso de uma carta registada que vinha de Portugal, só Deus sabe o que me chateia ter de ir aos correios por causa do tempo que lá se perde. Era o boletim de voto, já ontem me questionei quando chegaria. Chegou Segunda, já o tenho comigo, já posso exercer o meu direito de votar. O sol já espreitou hoje, assim como já choveu e também já caíu granizo, o vento sopra frio, está desagradável para andar na rua. Também já passei no supermercado mas tenho de lá voltar,  tenho também voltar ao prédio, deixei-me ficar na ronha esta manhã e o restaurante estava já a funcionar quando limpei a entrada. As camas estão feitas de lavado e os lençois estendidos na varanda para secar, se o tempo ajudar. Uma máquina de roupa escura está já em andamento. Recebi uma mensagem daquelas que não sei muito bem o que responder, a vontade foi não responder ou segunda hipótese, responder e mandar à merda, ele há pessoas que criam a sua própria infelicidade, não aceitam que não vale a pena insistir, confundem um sentimento de amizade com algo mais e teimam em viver infelizes, lamento não corresponder às expectativas criadas. Não respondi. O silêncio é uma resposta, há que o entender. Mas como isto dura há mais de um ano, talvez a compreensão esteja difícil. Paciência. E eu que agora devia estar a teclar naquilo que me pertence fazer, estou aqui sentada no sofá a teclar uma caldeirada de assuntos. Boa tarde, outra vez.

22
Fev24

Chamem-me cuscuvilheira que eu não me chateio nadinha!

Carla

Mas se há coisas que gosto é de ouvir as conversas no autocarro. Principalmente se a pessoa é do sexo masculino e é cagão. Sim, aqui atrás de mim vai sentado uma espécie de homem que é uma espécie de gabarolas. É que depois estas pessoas, vão ao telefone de fones nos ouvidos e acham que viajam sozinhos, falam alto e a bom som porque acreditam que são os únicos portugueses que ali vão sentados. É solteiro, está cá há a 1 ano, trabalha quando a empresa de cedência o chama, tem a namorada em Portugal, mas tem conhecido uma miúdas fixes. Ahhh e usa as calças ao fundo do cú. Adoro cagarolas. E ainda dizem que as mulheres é que são quadrilheiras, é é!

21
Fev24

À caloteira com amor e carinho: deixa de ser sonsa e paga a tua dívida.

Carla

 

30 de Setembro de 2023.

Puxem de uma cadeira, sentem-se à minha beira que eu conto-vos tudo.

O dia estava ensolarado, bastante quente para aqueles dias de princípio de Outono. Tomei duche, estiquei o cabelo, uma maquilhagem suave no rosto e vesti-me segundo o dress-code do convite, branco.  A festa começava às três da tarde e prometia alongar-se noite dentro. Cheguei ao recinto e já algumas pessoas se encontravam no local, as caras eram-me todas familiares. Algumas amizades mais chegadas, outras nem tanto. A familia já estava toda reunida e aos poucos a sala foi enchendo. O grupo musical animava já no local e as entradas começaram a ser servidas. Entre uns acepipes e umas taças de champanhe, as conversas desenrolavam-se animadas e as gargalhadas foram ficando mais soltas. Segui-se uma pausa dançante e para tirar fotografias. Entretanto, era hora de sentar à mesa para começarem a servir o jantar. Do leitão só como a costela e a pele tem de estar bem estaladiça. E estava no ponto. Terminado o jantar, passámos à panóplia de sobremesas, sempre tudo bem regado com champanhe, vinho tinto, branco, verde, sumos e àgua. Antes da aniversariante, a minha irmã que fazia 50 anos, cortar o bolo, houve um jogo.

12 pessoas, 11 cadeiras. À medida que a música tocava íamos dançando à roda das cadeiras, era-nos dada uma ordem, assim que a música parasse tinhamos de encontrar o objecto pretendido, regressar á cadeira e sentar. Fui rápida a arranjar uma meia, um brinco e até um soutien, mas falhei o anel. Um anel coisa que toda a gente tem, e eu fui eliminada. Peguei na cadeira e abandonei o jogo. Neste dia por ser a mais lenta, desgracei a minha vida ao contrair uma dívida.  A minha sentença foi, convidar a minha irmã para uma noite de crepes em Fevereiro, no dia do "la Chandeleur". Se não o fizesse ficaria em dívida para com ela. Crepes... eu que gosto de os comer, mas detesto fazer! 

La Chandeleur 

Segundo uma tradição belga e francesa o dia 2 de Fevereiro é dia de comer crepes. Mas não se comem só crepes, há o saber virar o crepe. Este deve ser virado com a mão direita enquanto a mão esquerda segura uma moeda. Se ao virar o crepe este cair direito na frigideira, o ano será próspero. 

Dia 2 de  Fevereiro foi uma sexta-feira. Nesse dia não virámos crepes e a minha dívida mantinha-se. O mês foi passando e já a minha irmã duvidáva que iria pagá-la. Eu fazia contas aos dias, via o mês chegar ao fim e a dívida continuava por soldar. 

Domingo 18 de Fevereiro de 2024

A familia (era só para a minha irmã, mas o resto da malta colou-se) reuniu-se finalmente á volta da mesa para uma tarde de crepes. A futura nora que é belga, mais habituada a estas coisas, disponibilizou-se (cravei-a, ok...) para meter as mãos na massa e fazer crepes para 16 pessoas. Doces e salgados, com gluten e sem gluten, barrados com nutela, doce de morango ou só com açucar e canela, morangos, framboesas, mirtilos e manga, fiambre e queijo...e a tarde passou-se.

FB_IMG_1708527049216.jpg

Não virámos os crepes com a moeda na mão, logo não sei se o ano será próspero ou não, mas a minha dívida foi paga, agora já posso pousar a cabeça no travesseiro e dormir tranquila. 

 

 

20
Fev24

Buergbrennem

Carla

Todos os anos no fim-de-semana a seguir ao Carnaval, cá pelo Luxemburgo, constróiem-se torres com madeira velha, paletes e os pinheiros de natal, que foram recolhidos e deitamos-lhes fogo. Esta antiga tradição também conhecida pela Fête des Brandons, consiste em queimar simbolicamente o Inverno para o afastar. 

Uma tradição que junta a população da cidade durante a tarde para a construção do buerg, que pode ter a forma de um pequeno castelo, mas a maior parte da vezes é uma enorme fogueira com uma cruz no meio. O tamanho da fogueira depende da quantidade de material recolhido. Seguido de uma prossição de tochas e no fim deita-se fogo à fogueira para iluminar a noite, esta honra é dada a um casal recém casado ou a uma pessoa célebre da localidade.

A festa animada pela fanfarra, continua noite dentro ao redor da fogueira, até que esta se transforme em cinzas. Fazem-se berbecues e são servidos pratos tradicionais como o Bouneschlupp (sopa de feijão verde) ou o Lerzebulli (sopa de ervilhas) claro que não pode faltar o Glühwäin (vinho quente) para aquecer o pessoal.

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Uma tradição pagã por alturas do equinócio da primavera, que simboliza o nascimento da Primavera e a morte do Inverno, a vitória do calor ao frio, da claridade à escuridão. Também se consta que o queimar o Buerg, é uma forma de relembrar as bruxas que foram atiradas à fogueira e queimadas noutras épocas. 

 

Inverno queimado. Venha a Primavera!

 

 

19
Fev24

Há 25 anos atrás era eu uma mocinha de 27 anos...

Carla

... quando pelas seis horas e tinta minutos do dia dezanove de Fevereiro me tornei mãe. 

Contrariando todas as previsões da agulha e adivinhações pelo formato da barriga, que diziam ser uma menina, porque ele nunca se quis mostrar e guardou o segredo fechado a sete chaves. Para o pai era igual, eu tinha a certeza que era rapaz e só tinha nome para menino, Miguel.  Nasceu um ratinho com 35 semanas que mal se ouvia quando chorava, com 47cm e 2,800g. Só se lhe viam os pés e os dedos finos e compridos das mãos. Careca e com o nariz como o pai mas com os olhos da mãe.

O Miguel é o meu maior cúmplice, o melhor companheiro nesta aventura, o meu grande parceiro desta viagem,  o meu filho que me dá o braço na rua e me pede colo e abraços apertados. Que me peça sempre. Para o resto da vida.

Que me dê o braço até me finarem os dias e que percorra comigo todos os caminhos até me faltarem as forças nas pernas, a saúde e a vista.

Nunca haverá palavras para lhe dizer o quanto o amo, só lhe posso agradecer por me ter escolhido para ser sua mãe.

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Parabéns meu filho. Nunca deixes de sorrir e aproveitar a vida da melhor maneira.

16
Fev24

Euzinha, aquela bitche!

Carla

Enquanto tomávamos o pequeno almoço, comentei com Euzinha que, os músculos na parte interior da coxa me doiam horrores desde terça-feira, dia do treino de pernas, ao que ela respondeu, sem levantar os olhos do prato, onde dispôs um pão de cereais caríssimo, barrado com abacate, tudo comprado por mim. E no topo um ovo bio estrelado em azeite, parido por uma galinha feliz, se não é feliz tem tudo para o ser, da quinta em Hesperange, que sou Eu que vou lá buscar à quarta-feira, quando vou trabalhar para aquela zona, e nunca vi um tostãozinho dos ovos, nem um obrigada, "é sinal que os tens".... "Filha de rapariga",  como dizem os nosso  mano brasileiro.

15
Fev24

Este post é extremamente longo. Aborrecido. Não leiam.

Carla

Este post é um bocadinho comprido, aviso já, porque sei que as pessoas não gostam nada de posts longos. A informação tem de ser o essencial, condensada porque ninguém tem paciência para promenores, para publicações com muitos detalhes e muita informação. Na verdade as coisas são como são, temos todos o cérebro atulhado de coisas umas mais importantes que outras, temos uma vida corrida,  o trabalho, a casa, os filhos, o almoço, o jantar, os deveres dos miúdos, os banhos, enfim, toda uma rotina diária. A isto acrescentamos o blog, pensar no que publicar, escrever sobre aquilo que pretendemos transmitir,  tirar uns minutos para ler outros blogs, comentar no blog do outro ou responder no nosso blog, e não há paciência para posts longos, a malta perdem-se. Alguns de vocês leram até aqui, outros desistiram logo ao fim das primeiras linhas e passaram a outro blog. Aos que desistiram ao fim das primeiras linhas, não vão daqui aborrecidos, eu avisei que o post era longo e aborrecido. Aqueles que ainda aqui continuam, gabo-vos a paciência, a persistência e a pachorra. Estes três P's bem podiam ser uma resolução na minha vida, como as resoluções que o pessoal tem a mania de fazer no início de cada ano, não faço mas bem que podia fazer mensalmente, não fosse a paciência ser pouca e a pachorra que tem ido com a idade. Por isso vos gabo a paciência e a pachorra por terem aqui chegado, e aproveito este bocadinho para agradecer e dizer que são só mais umas linhas, porque este post já vai longo e aborrecido demais, eu não vos quero cansar, e se calha por cá passar o anónimozinho de estimação, terei de lhe dar razão quanto ao sobre tudo e sobre nada. Mas eu avisei logo no título para não lerem este post. Para terminar este longo post, sobre tudo e sobre nada, se ainda por aqui estás, se chegaste a ler até ao fim, ainda que possas ter feito batota e saltado umas linhas, quero que saibas que te desejo um excelente dia.

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