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Mas para que raio quero eu um blog?

Um blog sem pernas para andar, com uma dona sem vontade de escrever.

Um blog sem pernas para andar, com uma dona sem vontade de escrever.

Mas para que raio quero eu um blog?

30
Nov23

Fim de dia adiado.

Carla

Um dia com outro qualquer, um início de noite, aquela hora em que as pessoas exaustas de um dia de trabalho, correm em direção à estação para apanhar o transporte público, desejosas de regressar a casa. Mas hoje, são impedidas de o fazer por um grande aparato policial, um barulho infernal das sirenes de carros de policia e ambulâncias. As que iam a pé em direcção à estação, regressam para trás, as que esperavam tranquilamente pelo comboio ou o autocarro são evacuadas, aqueles que regressam de carro a casa, ficam parados em longas filas de trânsito, as estradas todas que passam na periferia da estação estão fechadas. Um fim de dia atribulado, um regresso a casa por umas horas adiado. As pessoas desesperam...

Quando não são engenhos explosivos da segunda guerra mundial, encontrados durante os trabalhos nas ruas, são sacos suspeitos abandonados. O de hoje tinha uma granada de exercício, sei lá eu o que isso significa, inofensiva.

Vai se lá saber, porque é que alguém andaria por aí a passear, com uma granada de exercício inofensiva dentro de saco, que abandonou em frente da estação. 

Até hoje, e já tem sido demasiadas vezes, nada de grave aconteceu, foi sempre tudo bem controlado e resolvido pela polícia, ou então falso alarme.

Até ao dia ...

27
Nov23

Batem leve, levemente ...

Carla

 

 

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Balada de Neve

 

Batem leve, levemente,

como quem chama por mim.

Será chuva? Será gente?

Gente não é, certamente

e a chuva não bate assim.

 

É talvez a ventania:

mas há pouco, há poucochinho,

nem uma agulha bulia

na quieta melancolia

dos pinheiros do caminho…

 

Quem bate, assim, levemente,

com tão estranha leveza,

que mal se ouve, mal se sente?

Não é chuva, nem é gente,

nem é vento com certeza.

 

Fui ver. A neve caía

do azul cinzento do céu,

branca e leve, branca e fria…

Há quanto tempo a não via!

E que saudades, Deus meu!

 

Olho-a através da vidraça.

Pôs tudo da cor do linho.

Passa gente e, quando passa,

os passos imprime e traça

na brancura do caminho…

 

Fico olhando esses sinais

da pobre gente que avança,

e noto, por entre os mais,

os traços miniaturais

duns pezitos de criança…

 

E descalcinhos, doridos…

a neve deixa inda vê-los,

primeiro, bem definidos,

depois, em sulcos compridos,

porque não podia erguê-los!…

 

Que quem já é pecador

sofra tormentos, enfim!

Mas as crianças, Senhor,

porque lhes dais tanta dor?!…

Porque padecem assim?!…

 

E uma infinita tristeza,

uma funda turbação

entra em mim, fica em mim presa.

Cai neve na Natureza

e cai no meu coração.

 

Augusto Gil

24
Nov23

A minha sorte é não ser supersticiosa...

Carla

... caso contrário diria que tenho de levar o prédio á bruxa, ou a bruxa ao prédio. 

Na quarta-feira abri uma torneira da zona onde estendemos a roupa no inverno, para lavar aquilo à mangueirada, quando terminei e fui fechar a àgua, fiquei com a cabeça da torneira na mão. Era àgua a correr e a esguichar que nunca mais acabava. Ainda esteve assim perto de 1h, a torneira de segurança de nunca ser usada, tinha tanta ferrugem que nem mexia, tive de chamar o canalizador de s.o.s para resolver aquilo

Ontem, no apartamento do 2° andar o exaustor na cozinha pegou fogo, coitado do miúdo não ganhou para o susto. Felizmente não lhe aconteceu nada, e no meio do pânico ainda teve discernimento para ir buscar o extintor do patamar, controlar as chamas e chamar os bombeiros.

O que me deixou preocupada foi o nível de lerdeza das pessoas que moram nesse andar, sentiram o cheiro a queimado, sairam para o patamar, viram as labaredas e o puto em pânico para controlar aquilo, e em vez de telefonarem aos bombeiros e ajudar, não, telefonam-me a mim.

Eu não sou supersticiosa, mas... Cruzes! Batam na madeira 3 vezes a ver se a má onda fica por aqui!

 

21
Nov23

Aiii mê rico filho!

Carla

Então agora a criatura mais linda da sua mãe, meteu-se no boxe. Diz que gosta muito e que aquilo não é nada violento. Anda uma mãe a criar um filho, para depois andar a levar chapadas dos outros! 

Se o que ele quer é porrada, porque não me disse? É que ainda está na idade de levar uns belos cascudos, e eu até fazia isso de graça, agora andar a pagar para os outros lhe virem bater?!

P'ro que uma pessoa estava guardada!

20
Nov23

Eu tenho dois amores.

Carla

 

Numa pequena sala, num ambiente tranquilo, jantava um casal visivelmente apaixonado, trocavam confidências em voz baixa, olhares e beijos apaixonados. Alheios à festa de aniversário que se realizava na sala maior. De vez em quando um grupo de amigas, perturbava a cumplicidade do casal, entrando no espaço para fumar um cigarro. 

Depois do jantar o casal saíu de braço dado, regressando o homem sozinho ao restaurante minutos depois. 

Já não entrou na pequena sala, juntou-se à festa, ficando ao balcão do bar perto da porta da entrada. 

O seu olhar várias vezes se dirigiu à porta, como se aguardasse pelo regresso da amada. 

Nisto, entra uma senhora, dirige-se ao homem, e ele comprimenta-a com um beijo quente, com paixão, com a mesma intensidade daqueles que, momentos antes tinha estado a trocar, com a mulher com quem tinha acabado de jantar.

 

"Meu coração continua

Sem saber o que fazer

É melhor amar as duas

Sem uma doutra saber

Que este encanto não se acabe

E eu já pensei tanta vez

Pois enquanto ninguém sabe

Somos felizes os três"

 

Tive pena do cachopo...

19
Nov23

Era só para ir ao supermercado comprar leite.

Carla

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Era só para ir ao supermercado, mas tirei algumas fotografias pelo caminho. 

A igreja de Saint-Jean-du-Grund, normalmente está fechada, sempre tive curiosidade de lá entrar, hoje, a porta estava aberta, que sorte a minha!  Entrei ...

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A calma que se sente lá dentro é assim algo de outro mundo.

Num altar, existe uma imagem de uma santa negra com um menino. Ouvi de uma senhora que informava outra, enquanto ambas acendiam uma vela, que é venerada pela população do país, havendo mesmo uma peregrinação.

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A ver se um dia destes que passe por lá de novo,  esteja lá alguém que me dê a saber a sua história.

 

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